terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vendas da marcopolo caem

Apesar da retração das vendas provocadas pela desaceleração da economia, a Marcopolo, maior fabricante de carrocerias de ônibus do país, aumentou em 5,2% o lucro líquido consolidado no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado atingiu R$ 32,6 milhões, ante os R$ 31 milhões apurados de abril a junho de 2008, disse o diretor de relações com investidores, Carlos Zignani.
Ao mesmo tempo, a empresa com operações industriais em dez países teve queda de 19% na receita líquida consolidada no trimestre, para R$ 485,8 milhões. No acumulado do semestre, a retração foi de 8,9%, para R$ 959,9 milhões. A participação das unidades no exterior e das exportações a partir do Brasil sobre a receita foi de 30% no trimestre e de 36% nos seis meses.
Conforme Zignani, a alta do lucro trimestral deveu-se à base de comparação deprimida no mesmo intervalo de 2008, quando a margem bruta foi afetada pelos preços "ruins" dos produtos finais e pela alta dos custos das matérias-primas. "Só conseguimos repassar os preços no terceiro trimestre".
Com retração da receita e da produção consolidada no trimestre, que caiu 6,8%, para 5,1 mil unidades, a Marcopolo vai rever as projeções para o exercício na próxima reunião do conselho de administração, dia 27. As estimativas atuais são de receita líquida consolidada de R$ 2,6 bilhões em 2009, frente aos R$ 2,5 bilhões em 2008, e de produção de 23 mil unidades, ante 21,8 mil no ano passado.
A empresa confia nos efeitos da decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de aumentar o prazo de financiamento para a aquisição de ônibus de 72 para até 96 meses, com juros máximos de 7% ao ano, incluindo o "spread " do agente repassador. Segundo Zignani, o Ministério da Educação também começou a liberar as encomendas de veículos escolares para as prefeituras pelo programa "Caminhos da Escola", no qual a Marcopolo se habilitou para fornecer 3 mil veículos até março de 2010.
No exterior, a nova fábrica no Egito, em associação com o grupo local GB Auto, já está em fase pré-operacional e deve produzir 1 mil unidades até o fim do ano. A planta da África do Sul também fechou a venda de 460 ônibus rodoviários de luxo para transporte das delegações na Copa do Mundo de futebol em 2010 e na Índia a previsão é fabricar 8 mil ônibus no ano, com 50% para a Marcopolo e 50% para o sócio Tata Motors. A fábrica na Rússia segue parada e não deve voltar a operar neste ano.

Fonte: webtranspo.com.br

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